quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Alguns Aspectos Pedagógicos em eLearning

Resumo

Este artigo é resultado de duas entrevistas realizadas a dois professores/formadores em contexto online. Manuela Francisco, designer instrucional no Instituto Politécnico de Leiria e Stephen Downes, pesquisador em National Research Council, Canadá, foram as personalidades que colaboraram conosco na consecução deste artigo com seus conhecimentos na área do e-learning, bem como outras fontes bibliográficas exploradas. Tentou-se focar nas principais características desejáveis nos intervenientes do processo de e-learning, dificuldades e desafios encontrados pelos professores/formadores e outros aspetos pedagógicos usuais. Como resultado apresentam-se alguns aspectos pedagógicos, que com o avanço das novas tecnologias de informação levam a novas atribuições dos professores/formadores no exercício da sua atividade profissional assim como, a diversidade de técnicas suscetíveis de serem utilizadas nesta modalidade de ensino. Destacamos ainda quatro conjuntos de técnicas: técnicas "individuais", técnicas “um para um”, técnicas "um para muitos" e técnicas "muitos para muitos", apresentando os recursos possíveis de utilização no contexto online.

Palavras-chave: práticas pedagógicas do eLearning, tutor online, professor online, técnicas pedagógicas.

Introdução

O ensino/aprendizagem ocorrido por eLearning coloca-nos diante de novas perspetivas de formação pessoal e profissional. As facilidades proporcionadas nessa modalidade são por vezes estimulantes a quem deseja e necessita adquirir e desenvolver competências. O estandarte dessa forma de aprender – flexibilidade de tempo, lugar e, por vezes, conteúdo motivam as pessoas a aderirem a aprendizagem nesse novo contexto.
O e-learning exige por si só caraterísticas próprias no ensino/aprendizagem. Os professores passam a ter novas funções, redimensionando ainda, as já existentes. Dos estudantes é esperado uma postura ativa, um envolvimento completo com sua própria aprendizagem. A tecnologia que medeia este processo deve ser transparente para todos os intervenientes, de forma que esta seja utilizada em toda a sua plenitude, sem restrições. A exploração constante da Web, de novas ferramentas e materiais disponibilizados, deve fazer parte do dia-a-dia do professor e aprendente para que ambos tirem proveito do meio onde se realiza a aquisição do saber.

Os desafios diante desse novo cenário são diversos. Da parte do professor, criatividade, empatia, capacidade de motivação e condução dos estudantes para o sucesso na aquisição do saber, são algumas caraterísticas desejáveis nesse novo perfil profissional. Da parte do aluno, deseja-se: envolvimento total com sua aprendizagem, responsabilidade, organização. Destes dois perfis espera-se o domínio da tecnologia envolvida nessa modalidade.

A construção do Personal Learning Environment (PLE) passa a ser obrigatório. Como comunicamos com nossa rede é um fato crucial para encontrarmos informações, construirmos e publicarmos conteúdos. Desse "à vontade" com nosso PLE, a tal transparência das ferramentas utilizadas, pode surgir, de certa forma, o sucesso na aprendizagem, embora só isso não seja, como é óbvio, o suficiente.

Um dos aspectos motivadores ao estudante para ingressar nessa modalidade de ensino/aprendizagem, a flexibilidade, pode ser encarado como sendo a própria causa do insucesso, caso este não apresente as caraterísticas necessárias para este contexto, além do perfil do professor e da utilização de técnicas pedagógicas serem desadequados.


Alguns intervenientes online

Muitos são os intervenientes no ensino online. A elaboração de um curso nessa modalidade conta com uma equipa multidisciplinar especializada em diversas áreas do conhecimento e esta deve “realizar um planejamento estratégico envolvendo os processos de definição das metas e objetivos do programa, a seleção e avaliação constante das opções tecnológicas emergentes e as tendências que se alteram nas demandas dos alunos, da empresa e da sociedade” (Araújo et al., 2011).

Para Morgado (2003), ensinar a distância é um “acto fragmentado e distribuído por várias pessoas, na medida em que cada uma delas tem a sua responsabilidade na construção dos materiais de aprendizagem”, sendo que cada uma delas reclama para si a “responsabilidade do ato de ensino a distância – o autor dos conteúdos científicos, o tecnológico educativo, os designers e o tutor…” (Marsden, 1996 citado em Morgado, 2003).

Encontramos na literatura muitos termos para designar estes novos profissionais, bem como suas funções. Salmon (2000), citado em Anderson (2004) refere como e-moderador aquele professor que orienta os alunos em uma formação, dando-lhes inicialmente motivação, seguindo a socialização do grupo e por fim, agindo como facilitador das tarefas de aprendizagem, moderando discussões, esclarecendo dúvidas ou compreensões erróneas. Morgado (2003), identifica o tutor online como aquele que não ensina, mas faz com que o estudante aprenda e este deve ter “competências técnicas, empatia e flexibilidade no ambiente online”, devendo ainda “possuir formação prévia e experiência de e-moderador de pelo menos um ano”. Este será quem estará disponível para ajudar o estudante a aprender, é quem faz a mediação entre os conteúdos e o estudante através da tecnologia (Morgado, 2001).

O papel do professor e suas transformações no contexto ensino-aprendizagem tem sido tema de análise e investigação produzida nos últimos anos (Harasim et al. 1995; Berge, 1998; Beaudoin, 1998; Ljosä, 1998 citado em Morgado 2001), neste sentido Manuela Francisco salienta a diferença entre alguns termos: "designer instrucional desenha a instrução, isto é, adequa estratégias pedagógicas nos conteúdos e materiais de aprendizagem, tal não significa que tenha perfil ou conhecimentos científicos na área a lecionar para poder acompanhar de forma eficaz e eficiente os estudantes; professor ou o tutor é quem acompanha os estudantes online, detém acima de tudo conhecimento científico da área que está a lecionar, devendo ter também competências específicas do ensino online". Stephen Downes esclarece que "o papel do ensino muda, deixa de haver um único papel: um único professor, mentor, tutor, assistente. Passa a haver técnicos, apresentador, treinador, moderador, facilitador, coordenador, administrador, burocrático, especialistas disponíveis online – todos estes são aspectos a ter em conta. Não há uma palavra que substitua a palavra professor, há muitas dependendo do ponto de vista e da tarefa que se espera dessa interactividade e dos objectivos que se tem”. Segundo Authier (1998), citado em Carvalho (2007), estes professores “são produtores quando elaboram suas propostas de cursos; conselheiros quando acompanham os alunos, parceiros quando constroem com os especialistas em tecnologia abordagens inovadoras de aprendizagem”.

Manuela Francisco acrescenta ainda que "não é tecnologia que veicula os conteúdos e o processo de aprendizagem, mas sim as estratégias adotadas, salientando a criatividade como sendo fundamental para criar atividades estimulantes para os estudantes, assim como o feedback que deve ser dado a quem está a aprender". De fato, pode-se observar uma maior participação dos estudantes online, quando estes vêem, do lado do professor, uma pessoa disposta a incentivar, orientar, desestimulando, dessa forma, o desinteresse pela apropriação do saber e conduzindo o estudante a aquisição da aprendizagem de forma natural e agradável.


Técnicas Pedagógicas On-line

Existe no contexto online uma diversidade de fatores propícios ao desenvolvimento de um ambiente único de ensino-aprendizagem: a flexibilidade da interação educativa no que respeita ao tempo e local; a possibilidade de aceder a conteúdos em diversos formatos (multimédia, vídeo, texto) permitem pesquisar e explorar as diferentes qualidades dos média; o acesso a vários repositórios de informação; e a capacidade de permitir a interação homem-máquina em diferentes formatos (texto, voz, vídeo,…), em diferentes modalidades (síncrona e assíncrona), proporcionando uma excelente oportunidade de aprendizagem e comunicação. Para Paulsen (1995) as técnicas pedagógicas são “um meio para atingir os objetivos”, tendo como principais objetivos responder as solicitações dos estudantes, proporcionar orientação e aconselhamento, ajudar na resolução de problemas, discutir projetos de trabalho com professor e colegas, aproximar estudantes de acordo com seus interesses, estimular projetos de grupo e criação de grupos de auto-ajuda.

Stephen Downes considera que "a melhor atividade é aquela que é escolhida pelo próprio estudante, porque desta forma, ele se compromete com a sua realização", e ainda completa que "não é a natureza da atividade que determina sua eficácia, mas sim como esta virá de encontro às necessidades dos estudantes". Destacando que "atividades como questionários ou redações devem ser banidas da aprendizagem", referindo que "o uso dessas tarefas é inapropriado".

Existe uma diversidade de técnicas pedagógicas ao dispor do professor online. De acordo com o diagrama apresentado por Paulsen (2003), encontramos quatro conjuntos de técnicas: i) técnicas individuais; ii) técnicas “um para um”; iii) técnicas “um para muitos”; e iv) técnicas “muitos para muitos”. Abaixo destacam-se algumas técnicas pedagógicas e suas principais caraterísticas.

Segundo Paulsen (2003), as técnicas individuais, designadas também por técnicas “One Online”, necessitam da utilização de recursos online e estes podem ser informativos, softwares ou pessoas. A sua utilização pode ser mais ou menos estruturada, apesar de exigirem um mínimo de interação do professor/aluno. Destacamos, como exemplo, a entrevista que, através do uso de ferramentas CMC (Comunicação Mediada por Computador) possibilita obter informações pertinentes acerca de um determinado tema e através dos dados obtidos elaborar um artigo, relatório e/ou apresentação. Revistas e jornais online, base de dados online e aplicações online são outras técnicas possíveis de se optar.

Apoiada na aprendizagem e no ensino individualizado, as técnicas um para um ou “One to One” é eficaz através da escrita, apesar de poder existir a necessidade de encontros presenciais. O contrato de aprendizagem é um exemplo desta técnica e, além deste ser um instrumento pedagógico fundamental, a sua elaboração é da responsabilidade do professor/tutor. Este contrato é disponibilizado (e negociado) com os estudantes no contexto online (sala de aula virtual) no início da docência do módulo/disciplina traduzindo a sua geografia (plano descritivo ou mapa detalhado). Deste modo, pretende-se uma explicitação detalhada de todo o processo de ensino/aprendizagem, funcionando assim, como um guia orientador a dois níveis: do estudante e do professor/tutor (Morgado et al., 2005). Englobado pelas técnicas um para um, Paulsen (2003) ainda cita as actividades: apprenticeships, estágios e estudos por correspondência.

A técnica um para muitos, “One to Many”, geralmente, não requer a interação dos estudantes. É desenvolvida uma apresentação de um determinado tema e a comunicação é feita, por exemplo, numa palestra, simpósios, skits (encenações), gravação de áudio (podcasting) e blogging, permitindo ser usada como um diário ou uma ferramenta de reflexão e reflexão crítica a temas/questões levantadas pelo professor.

A interação de todos os participantes no processo de ensino-aprendizagem denomina-se por técnica muitos para muitos ou “Many to Many”, podendo optar por role play (dramatização), estudo de caso e case-based instruction. Um caso é apresentado aos estudantes ou selecionado por eles, levando-os a uma resposta correta ou solução dada a situação ou um saber experiencial do caso concreto. O caso em si pode ser estruturado ou não. Em caso baseado em instrução, o aprendizado pode envolver a gravação e sintetização de informações sobre um caso, a indexação para os outros casos, e/ou adaptação de uma solução para o caso concreto. Permite a aplicação dos conceitos teóricos, desenvolver o trabalho em grupo, resolver problemas e desenvolver habilidades.Os fóruns, atividade muito utilizada, apresentam-se como o local de discussão aberta entre vários participantes para efeitos de disseminação de conhecimentos. Pode ser semiformal, dirigido por um moderador, sendo este responsável por orientar a discussão incentivando a discutir questões e comentários.Simulação e jogos, grupos de discussão, debates, grupos de projectos, brainstorming, transcript based assignments, colaboração online, sessões síncronas e nominal groups techniques, são outras técnicas pedagógicas possíveis de ser utilizadas no ensino online. (ver Esquema I)


Manuela Francisco indica que as melhores atividades pedagógicas num contexto online são aquelas "que conseguem envolver emocionalmente os estudantes, as que os colocam em contextos reais, simulações, jogos do tipo role playing", acrescentando ainda que estas atividades "são as que tem uma melhor aceitação por parte dos estudantes". Assim sendo, apesar da múltipla escolha, e de acordo com os entrevistados a seleção recai em técnicas pedagógicas que se ajustem aos objetivos propostos, mas sobretudo que motivem e envolvam os estudantes na consolidação de aprendizagens. Downes, chama a atenção para o termo e-portfólio, recurso apropriado às diferentes técnicas, pelo fato de “diferentes instituições usam-no de forma distinta”, como tendo “um papel central ao mostrar o trabalho realizado pelo estudante, em um local público e com grande visibilidade, motivando o estudante a mostrar ao mundo o seu máximo de criatividade e produção”.


Esquema I - Técnicas Pedagógicas Online

A avaliação

No sistema educacional a avaliação é uma tarefa importante, a relação entre ensino, aprendizagem e avaliação deverá ter uma estreita ligação. Segundo Barberà (2006), a avaliação das aprendizagens é um processo multidimensional e abrange quatro dimensões: avaliação da aprendizagem (avaliação sumativa); avaliação para a aprendizagem (avaliação formativa); avaliação como aprendizagem (permite regular a aprendizagem com os objectivos educacionais e os interesses pessoais do aluno); e avaliação desde aprendizagem (mais conhecida pela avaliação diagnóstico). Obviamente, não existe um único modelo de avaliação, no entanto é evidente que, quando aplicado corretamente, a avaliação apresenta inúmeras vantagens, quer no ensino presencial ou no ensino online. Segundo Castillo (2006), “a avaliação do aluno no processo de aprendizagem é fundamental para superar suas dificuldades, (…) possibilitando o esclarecimento de dúvidas e feedback imediato para os seus progressos e retrocessos”. Neste sentido, o professor deve analisar e avaliar o desempenho dos estudantes para fortalecer ou redirecionar suas aprendizagens (Castillo, 2006).

É unânime a opinião de diferentes autores sobre a importância da avaliação contínua e formativa. Vasconcellos (1998), citado em Campos et al. (2007), refere a necessidade da avaliação como forma de verificar se os objetivos planeados foram atingidos. Segundo Araújo e Filho (2005), citado em Campos et al. (2007), “espera-se que a avaliação numa comunidade de aprendizagem se dê no sentido da profundidade do conhecimento produzido e pelas novas competências adquiridas. A tradicional avaliação pelo número de fatos memorizados ou pela quantidade de matéria memorizada perde o seu espaço”. Stephen Downes também refere que um dos aspectos ténues da aprendizagem online é a realização de testes e “tudo que for formal, automático, rígido”.

Para Manuela Francisco a avaliação vai depender da natureza da disciplina. Ela acredita "particularmente na resolução de casos, trabalhos práticos e em contexto específico" e considera "fundamental que os estudantes façam reflexões em vários momentos do curso/disciplina. Geralmente pede que façam reflexões sobre o seu estado emocional e sobre o que gostaram mais de fazer e o que sentem que podem realizar com o que aprenderam. No fundo é uma espécie de e-portfólio emocional que revela as competências que cada um sente que desenvolveu".


Conclusão

A aprendizagem online explana-se e reúne os seus intervenientes, com dinâmicas de cooperação, colaboração e comunicação. O desenrolar destas dinâmicas prevê, da parte do professor, que ele acompanhe as tendências tecnológicas. É o professor responsável pela criação de uma efectiva presença de ensino/aprendizagem. O desafio é evidente, apresentando diferentes papéis que vão desde a concepção do conteúdo do curso e a possibilidade do mesmo ser passível e flexível de alterações até à concepção e organização de actividades, onde será seu papel estimular, orientar, apoiar no desenvolvimento de trabalhos individuais e cultivar a interacção interpessoal em grupos de aprendizagem e cumprimento de prazos, além de fornecer feedback do desempenho dos estudantes.

Para Stephen Downes a aprendizagem é um fenômeno complexo, que transcende o campo do saber fazer mecanicamente, algo que possa ser facilmente mensurado. A aprendizagem não é apenas a aquisição de conhecimento e habilidades, mas sim um processo de desenvolvimento, alguém que começa a saber e se desenvolve intelectualmente. Quando essa aprendizagem ocorre num ambiente de rede (entendendo-se aqui a Web), pode-se trabalhar tarefas específicas ou mesmo reais, por vezes com especialistas da área em questão. Dessa forma, o processo de produtor/consumidor torna-se evidente, o aprendente assume uma participação ativa sendo por vezes ele próprio o especialista e não apenas um consumidor do saber. “Aprender é adquirir todas as competências e capacidades de vários aspectos relacionados sobre um tema e não estudar apenas o seu cerne/centro”.

Lèvy (1999) define o futuro papel do professor como sendo mais do que difusor de saberes, mas o de “animador da inteligência coletiva” dos estudantes, estimulando-os a trocar seus conhecimentos. Adverte ainda que, para falar em tecnologia é necessário cuidar para não usá-la a qualquer custo, mas sim acompanhar consciente e deliberadamente uma mudança de civilização que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades, a cultura dos sistemas educacionais e, sobretudo, os papéis de professor e de aluno. Ainda para o autor, é muito importante que o professor saiba conduzir de maneira organizada e pedagógica o seu papel e que o aluno seja um gerenciador do seu próprio saber.

Olhando para o futuro dessa modalidade de ensino, Stephen Downes refere que “o trabalho neste campo vai tornar-se mais especializado. Os educadores terão de ser mais abrangentes no uso das tecnologias”. Manuela Francisco cita “a criatividade do professor” como sendo uma característica básica para este profissional do ensino online e aconselha a “aposta na interação e na comunicação recorrendo à tecnologia (móvel, motion, 3d, ambientes imersivos, ferramenta web...)” .


Bibliografia

Anderson, T. (2004). Teaching in a Online Context. Teory and Pratice of Online Learning, Athabasca Universersity, cap. 11. Disponível em: http://cde.athabascau.ca/online_book/pdf/TPOL_book.pdf. [acedido em dezembro de 2011].

Araújo, E., Santos, E., Neto, J. (2011). Novo Design Instrucional de Cursos On-line. Associação Brasileira de Educação a Distância, 17º Congresso Internacional ABED de Educação a Distância, Manaus, Brasil. Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2011/cd/91.pdf. [acedido em dezembro de 2011].

Barberà, E. (2006). Aportaciones de la tecnología a la e-Evaluación. Revista de Educación a Distancia. Disponível em: http://www.um.es/ead/red/M6. [acedido em dezembro de 2011].

Campos, F., Costa, R., Santos, N. (2007). Fundamentos da Educação a Distância, Mídias e Ambientes Virtuais. Editar. Juiz de Fora, Brasil. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/3905375/EAD2. [acedido em dezembro de 2011].

Carvalho, A. (2007). Os Múltiplos Papéis do Professor em Educação a Distância: Uma Abordagem Centrada na Aprendizagem. In: 18° Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste – EPENN. Maceió, Brasil. Disponível em: http://www.ich.pucminas.br/pged/interact/viewfile.php/1/file/20/35/PDF.pdf. [acedido em dezembro de 2011].

Chickering, A., Ehrmann, S. (1996). Implementing The Seven Principles: Technology as Lever. American Association for Higher Education Bulletin. Disponível em: //www.tltgroup.org/programs/seven.html. [acedido em dezembro 2011].

Chickering, A., Gamson, Z. (1987). Seven Principles for Good in Undergraduate Education. American Association for Higher Education Bulletin. Disponível em: http://www2.honolulu.hawaii.edu/facdev/guidebk/teachtip/7princip.htm. [acedido em dezembro 2011].

Education Resources: Online Teaching Activity. In Illionis Online Network. Disponível em:http://www.ion.uillinois.edu/resources/otai/. [acedido em dezembro de 2011].

Paulsen, M. (1995). The Online Reporton Pedagogical Techniques for Computer-Mediated Communication. NKI, Olso. Disponível em: http://www.studymentor.com. [acedido em dezembro 2011].

Paulsen, M. (2003). Online Teaching Terms. In Online Education and Learning Management Systems, pág. 33. Disponível em: http://www.studymentor.com/Terms.pdf. [acedido em dezembro de 2011].

Morgado, L. (2001). O Papel do Professor em Contextos de Ensino Online: Problemas e Virtualidades. In: Discursos, III série, n.º especial, pp. 125-138, Universidade Aberta. Disponível em: http://www.univ-ab.pt/~lmorgado/Documentos/tutoria.pdf. [acedido em Dezembro de 2011].

Morgado,L., Pereira, A., Aires, L., Mendes, A.(2005). Para uma Pedagogia do eLearning: o ‘contrato’ como instrumento mediador da aprendizagem. Centro de Estudos em Educação & Inovação. Universidade Aberta, Portugal. Disponível em: http://medeia.org/files/Pedagogia_eLearning.pdf. [acedido em dezembro de 2011].

Lévy, P. (1999).Cibercultura. São Paulo: Editora 34.

Santos, N., Gomes, I. (2009). E-learning e ensino-formação: que novas práticas no processo de ensino-aprendizagem? Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Universidade do Minho. Disponível em: http://www.educacion.udc.es/grupos/gipdae/congreso/Xcongreso/pdfs/t12/t12c429.pdf. [acedido em dezembro de 2011].

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Potencialidades da Ferramenta WildKnowledge


Ferramenta criada em 2004 no âmbito de um projeto universitário em Oxford Brookes University “que pretendia examinar o quanto os dispositivos móveis equipados com GPS e teclas interativas ofereciam uma maneira mais atraente de identificação e registo dos animais selvagens”. Os resultados da pesquisa revelaram-se extraordinariamente positivos ultrapassando os “muros de Oxford Brookes no final de 2006”. O WildKnowledge (WK) oferece várias aplicações (WildKey, WildForm, WildMape, WildImage) que possibilitam ao utilizador criar, consultar e compartilhar conteúdos para dispositivos móveis.
A conceção da trilha através do Google maps e o experienciar a visita ao Palácio São Lourenço através do WildKnowledge revelaram-se ferramentas bastante interessantes a nível educacional, sendo possível aumentar a motivação dos estudantes para além de possibilitar conteúdos de forma mais interessantes.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Micro – Atividade 6 Mobile Learning


QR- Trilha Avenida da Boavista - Parque da Cidade


A trilha que proponho no Google maps é a Avenida da Boavista – Parque da Cidade no Porto. Este foi mais um desafio proposto na unidade curricular: Ambientes Virtuais de Aprendizagem (contexto m-learning).
Irei conjugar uma visita a monumentos antigos e arquitetura contemporânea, sem esquecer um espaço onde poderá saborear a famosa francesinha…

Preparados???

Iniciamos a visita na Praça de Mouzinho de Albuquerque, mais conhecida por Rotunda da Boavista. No centro do jardim, em homenagem aos Heróis da Guerra Peninsular, encontramos o monumento comemorativo aos bravos desta luta da autoria do arquiteto Marques Silva e do escultor Alves Sousa.

No início da Avenida da Boavista, temos a Casa da Música, da autoria do arquiteto holandês Kem Koolhaas, para o evento Porto Capital Europeia da Cultura em 2001 (Porto 2001), transformou-se desde logo um ícone da cidade e local de passagem obrigatória.

De regresso a Avenida, sugiro uma pausa para saborear aquela que foi considerada uma das 10 melhores Sanduíches do mundo em 2010: a famosa francesinha.

Seguindo em direcção ao mar, e fazendo um ligeiro e “obrigatório” desvio da Avenida da Boavista, temos a Fundação Serralves localizada no Parque Serralves, onde encontramos o Museu de Arte Contemporânea e a Casa de Serralves. Serralves é ainda referência no património da paisagem em Portugal, “resumindo e simbolizando uma aprendizagem e um conhecimento das condições de transformação do território, no espaço e no tempo, num contexto cultural: Portugal nos séculos XIX e XX.

A uns metros à frente, temos aquele que foi considerado internacionalmente um dos edifícios do ano na categoria de arquitectura institucional pela sua arquitectura invulgar, o Edifício Vodafone.

Finalizamos a nossa trilha, com um passeio no Parque da Cidade desfrutando de um ambiente rural e campestre, que se estende até ao Oceano Atlântico. Salientando o ano de 2000, ano em foi seleccionado pela Ordem dos Engenheiros com uma das “100 obras mais notáveis construídas do século XX em Portugal”.

Espero que tenham gostado ;-)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

QR Code

qrcode
https://sites.google.com/site/formativiactsei

Na unidade curricular Ambientes Virtuais de Aprendizagem, têm sido exploradas diferentes potencialidades dos dispositivos móveis (telemóveis, PDAs, tablets …) na aprendizagem. A micro-atividade 5 consiste na utilização de QR Code.

QR Code abreviação de Quick Response Code (Código de Resposta Rápida), é um código de barras bidimensional usado como um sistema para armazenar informação através de uma matriz de pontos negros, ou seja é uma imagem que tem incluída informações que podem ser lidas através de telemóveis ou outros dispositivos móveis. Apesar de já muito utilizado em alguns países, sobretudo em setores da indústria e do comércio, revelam-se também numa possibilidade educativa, traduzindo-se numa possibilidade de atrair e motivar estudantes, assim como apoiar um determinado conteúdo ou como bibliografia adicional.

As diferentes fases da atividade, permitiu-me ter uma noção mais clara da utilização de um Código QR e como os mesmos podem ser usados como um incremento à aprendizagem, sendo claramente visível com o jogo das capitais (Quiz sobre as Capitais).

Referências Bibliográficas
Moura, Adelina. (2011) “QR Code - uma tecnologia da era móvel” in Mobile Learning 21.
Disponível em:
http://moblearn21.blogspot.com/2011/04/qr-code-uma-tecnologia-da-era-movel.html

Rodriguez, Eva. (2011). “Qué son los códigos QR y como utilizarlos en el aprendizaje?” In Iberestudios.
Disponível em:
http://noticias.iberestudios.com/%C2%BFque-son-los-codigos-qr-y-como-utilizarlos-en-el-aprendizaje/

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sábado, 26 de novembro de 2011

Mobile Learning

Rapidamente se identifica na imagem as três fases evolutivas do m-learning: i) o dispositivo; ii) aprendizagem fora da sala de aula e iii) mobilidade do aprendente.
As tecnologias móveis sofrem sucessivas transformações e adaptações, permitindo novas formas de interação social e diminuição das barreiras espaciais. Vários estudos tem sido realizados, acerca de como são utilizadas as novas tecnologias e como podem ser usadas como ferramentas de aprendizagem. São vários os dispositivos encontrados no mercado (PDAs, tablets, telemóveis, PC`s…) que podem ser usados no campo educativo para ensino e formação. A aprendizagem fora da sala de aula, deixando de haver limitações do local onde ocorre a aprendizagem dadas as caraterísticas de portabilidade e mobilidade dos dispositivos móveis, sendo uma das qualidades a ubiquidade. Por último, e perante a rápida mutação do mercado destaca-se a mobilidade do aluno, proporcionando novas formas de aprendizagem e a aprendizagem ao longo da vida.
Os áudios apresentados complementaram as ideias iniciais, mostrando-se fundamentais na consolidação do conhecimento. São apresentados de forma clara e de fácil compreensão, sendo um excelente complemento à utilização dos dispositivos móveis, traduzindo-se numa vantagem do m-learning, para além de se revelar numa possível forma de solucionar o “desconforto” da escrita/leitura em equipamentos de tamanho reduzido.
As fases apresentadas revelam-se complementares, uma vez que sem tecnologia móvel estava comprometida a conceção de novas possibilidades de aprendizagem.


Imagem retirada de: http://mlemoodle.ensinoinf.net/blocks/mle/browser.php?xml=i0,c8,c9-6,s3-6-5,r0-111

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Personal Learning Environments and Vygotsky

Bibliografia Anotada

Attwel, Graham (2010). Personal Learning Environments and Vygotsky. Pontydysgu (acedido a 10/11/2011)

Descrição: O artigo de Graham Attwel, Personal Learning Environments and Vygotsky oferece ao leitor uma abordagem diferente de Personal Learning Enviromenments (PLE), onde o PLE pode ser entendido como a representação de conhecimentos, competências e aprendizagens anteriores e um conjunto de ferramentas que permitem a interação com colegas para a realização de tarefas.

Avaliação: O artigo apresentado revela-se interessante, na medida em que apresenta os Personal Learning Environments (PLE`s) a partir de uma perspetiva construtivista, ao contrário de Downes que considera que um PLE é desenvolvido a partir de ferramentas ou artefatos. O esquema de um PLE nessa perspetiva, envolve o uso quotidiano das redes sociais e meios de comunicação social com as teorias pedagógicas da aprendizagem.

domingo, 13 de novembro de 2011

Learning Networks in Practice

Bibliografia Anotada

Downes, Stephen. (2007). Learning Networks in Practice in Emerging Tecnologies for Learning. British Educational Communications and Technology Agency (Becta), 2: 19-27 (acedido a 10/11/2011).

Descrição: Stephen Downes, no seu artigo Learning Networks in Practice explica a teoria da rede, classificando a rede no centro da aprendizagem, ressalta que a aprendizagem pode ser entendida a partir de duas perspectivas: redes de apoio à aprendizagem e redes que aprendem. Aponta que "though these may seem to be very distinct, the central thesis of "learning networks as a theory is that these two things are one and the same".
O artigo explora o conceito de PLE – Personal Learning Environments, como um conjunto de ferramentas, serviços, pessoas e recursos, como forma de aproveitar o poder da rede. Essa abordagem procura promover a autonomia, estimular a diversidade, a interação e cooperação.

Avaliação: O artigo descreve de forma bastante esclarecedora o conceito de Personal Learning Environments – PLE. Downes (2007), afirma que “the idea behind the personal learning environment is that the management of learning migrates from the institution to the learner”.
Sustenta que o PLE e a Web 2.0 se apoiam nos mesmos valores: a emergência das redes sociais e comunidades (aprender em comunidade); ênfase na criação e não apenas no consumo; e descentralização do conteúdo e do controle. O artigo manifesta importancia, na medida em que reflete a evolução da aprendizagem como uma transferência de conteúdo e conhecimento para a produção de conteúdo e conhecimento. Nesta perspetiva, o PLE possibilita que o aluno não tenha única e exclusivamente o papel de consumidor de recursos/conteúdos, mas também o papel de produtor, onde pode explorar e criar de acordo com seus interesses e direções interagindo a todo o momento com seus amigos e comunidades, constituí desta forma um “portal para o mundo”.



terça-feira, 8 de novembro de 2011

PLE - Personal Learning Environments

Personal Learning Environments - PLE (Ambientes de Aprendizagem Pessoal) convergem do impacto social e cultural da Web 2.0 e os seus efeitos na aprendizagem, onde surge o conceito de e-Learning 2.0. São vários os princípios que caraterizam a Web 2.0 e, em especial o e-Learning: maior poder e autonomia no utilizador/alunos, partilha de conteúdos, crescimento colaborativo, a valorização da aprendizagem informal ao longo da vida, assestando a base do processo de aprendizagem no aluno/utilizador. PLE`s são processos que facilitam os alunos a controlar e gerir a sua aprendizagem. O conceito de PLE representa uma aprendizagem centrada nos alunos podendo ser composto por um ou mais subsistemas: aplicação para computador ou um ou mais serviços baseados na Web, integrando abordagens de aprendizagem formal e informal numa única experiência


My PLE – Personal Learning Environments


Na construção do meu PLE utilizei a ferramenta online cacoo, e dividi o meu Personal Learning Environments em duas grandes áreas: pesquisa/recolha de informação e partilha/processamento de informação. O primeiro circulo diz respeito à pesquisa e recolha da informação, enquanto que a partilha/processamento da informação está ilustrado no segundo circulo.


A pesquisa/recolha de informação poderá ocorrer com um objetivo especifico ou não. Caso não exista nenhum objetivo específico adiciono informações úteis e relevantes, obtidas nas mais diversas fontes: blogs, twitter, youtube, google, scoop.it em duas ferramentas chaves de informação no boockmarkrs diigo e de.licio.us ou nos meus favoritos. Estas duas ferramentas online permitem adicionar e pesquisar bookmarks sobre diversos assuntos traduzindo-se bastante úteis para a organização de informação recolhida, ao mesmo tempo, torna-se acessível a outras pessoas para fins colaborativos (partilha e processamento de informação).
Caso o objetivo de pesquisa seja mais específico utilizo o google, youTube, del.icio.us e diigo. Partilha e processamento de informação, a segunda área mencionada no PLE, depende do tipo de informação recolhida e o fim a que se destina. Escrita colaborativa escolho uma das seguintes opções: wikispaces, googledocs, sophia, e pbworks; se o objetivo são apresentações opto entre: issuu, prezi. O scribd e o slideshare, utilizo na partilha de ficheiros doc ou PDF, optando pelo dropbox se a dimensão do ficheiro for extensa. As redes sociais são outra forma de partilhar informação usando para o efeito: o twitter, facebook e o linkdin.
Importa ainda referir que não dispenso o Gmail e o Lotus notes, ao qual acedo diariamente de modo a realizar uma triagem de mensagens de carater urgente, importante ou não urgente. O moodle, tornou-se na minha vida outra prioridade de consulta, participação nos fóruns e recolha de informação importante para um objetivo específico.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O que é o Twitter

Twitter: reflexão final

Foi proposto pela unidade curricular AVA - Ambientes Virtuais de Aprendizagem três semanas de contato com uma das ferramentas mais utilizadas em contexto Web social: o Twitter.
O Twitter é uma rede social de microblogging, que permite enviar e receber mensagens ou “tweets” entre usuários limitadas a 140 carateres. Foram três semanas bastante intensas e motivadoras no que respeita à exploração das funcionalidades do Twitter, tomando contato com uma série de conceitos novos: hashtags , retweets, direct menssage, replies/mentions, e recursos que permitem gerir mais rapidamente a quantidade elevada de informações produzida: TweetDeck, uma famosa aplicação baseadas no twitter, e considerada por muitos a melhor, esta permite-lhe fazer o mesmo uso do twitter mas de forma mais organizada, listando separadamente as mensagens diretas, as respostas, e os posts, permitindo “poupar tempo”, possibilitando várias opções, como adicionar a nossa conta do Facebook à aplicação, enviar tweets directamente por email, traduzir tweets, entre muitas outras; HootSuite, permite controlar várias contas do Twitter, num único lugar, tal como o TweetDeck possibilitando receber diversas mensagens separadas em colunas; Twitterfeed, serviço que permite “twittar” automaticamente tudo que se escreve no blog; Klout ferramenta para medir a influência dos utilizadores nas redes sociais. A possibilidade de interligar o Twitter a outras redes sociais como: o Facebook, o Blog, o Diigo, o LinkedIn, entre outros, permite uma maior facilidade de comunicação.
Esta aventura, que teve inicio em Outubro de 2011 e parece estar só a começar, o interesse pelo twitter revela-se cada vez maior, sendo que a ferramenta traduz-se numa mais valia profissional, assim como um ambiente de aprendizagem muito rico e atual, possibilitando aceder a uma diversidades de informações quase em tempo real, tal como foi possível experienciar na conferência MyMpel online. Tal como já referi numa reflexão anterior: Primeiro estranha-se…depois entranha-se.

domingo, 30 de outubro de 2011

O papel do professor em contexto online

O desenvolvimento crescente de tecnologias de informação e comunicação veio impulsionar a comunicação e a aprendizagem em rede na educação. Deve-se à sociedade do conhecimento e da informação a necessidade constante de novas competências e um reposicionamento do campo docente e da sociedade em geral, com vista a aumentar a qualidade e eficácia dos sistemas de educação. A mudança não se prende exclusivamente com a tecnologia, mas também com uma mudança nas conceções dos professores sobre o modo como se aprende, como enfatizam alguns estudos (Laurillard, 1993; Ramsden, 1992) citados em Morgado (2001). A formação a distância surge como uma nova modalidade educacional facilitadora da criação de novas formas de aprendizagem mais aliciantes e motivadoras, possibilitando a formação e qualificação a um maior número de indivíduos. Passamos de uma escola tradicional para uma escola do futuro, que começa cada vez mais a ser presente; desenvolveram-se novas práticas de ensino e por conseguinte novas reflexões no que respeita ao papel dos atores (professor e estudante) no processo de ensino/aprendizagem. Apesar do papel do professor não ser posto em causa nem tão pouco o contato pessoal deixar de ser valorizado, verifica-se uma mudança na sua função, portanto, o professor deixa de ser “agente de ensino” para se tornar “parceiro de aprendizagem”, tornando o contato pessoal mais interessante, sendo substituído o controlo da sala de aula presencial e/ou tradicional pela influência, aprendizagem em rede. Apesar das divergências e discussões acerca do papel do professor neste contexto de ensino aprendizagem, verifica-se “um relativo consenso quanto a considerar-se que a chave do sucesso do ensino online se centra na atuação do professor” (Bischoff, 2000; Salmon, 2000; citado em Morgado, 2001).


De acordo com o modelo teórico de Garrison, Anderson e Archer, 2000, citado em Anderson (2008), o contexto online torna a interação educativa mais versátil, permite o acesso a inúmeros formatos e conteúdos didáticos, oferece enormes repositórios de informação e permite a interação homem-máquina síncrona e assincronamente. Os autores, desenvolveram um modelo de aprendizagem online que denominaram "comunidade de aprendizagem”, onde salientam que são necessárias três componentes para o sucesso da aprendizagem online: a presença cognitiva - baseada e definida pelo estudo de um determinado conteúdo, contribuindo e auxiliando o desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos; a presença social - criação de um ambiente envolvente e de apoio aos alunos que lhes permita expressarem-se num contexto colaborativo; a presença de ensino – refere-se a todo o “trabalho” que o professor deve executar de forma a criar uma “comunidade de aprendizagem” efetiva, onde tanto a presença cognitiva como a presença social estão plenamente compreendidas, pressupõe que a atuação do professor assente em três funções essenciais:


1) Desenho e Organização, refere-se à conceção e organização do contexto de aprendizagem compreendendo todo o processo, o antes e o durante a formação da comunidade de aprendizagem; Segundo Mota, 2009, garantir que o ambiente de aprendizagem seja favorável à interação e à partilha entre os participantes, professor incluído, assim como os estudantes arquitetem um conhecimento correto e relevante das matérias de estudo;


2) Facilitação do discurso, conceção e implementação de atividades a ocorrerem entre alunos, professores e disponibilização de material de consulta, deverá garantir a construção de significado e a compreensão mútua da comunidade de aprendizagem, facilitar o relacionamento entre os alunos e estabelecer regras consensualizadas sobre a participação, assumindo o professor uma postura flexível e que permita acomodar aquilo que chamam de agendas pessoais de alunos - “the personal agendas of the learners” (Palloff & Pratt, 1999, citado em Mota, 2009). Esta tarefa poderá ser realizada durante o decorrer do curso;


3) Instrução direta, contribuição do professor através dos próprios conteúdos de instrução direta, deverá o professor disponibilizar informação, estar atento às discussões e intervir se necessário, de forma a orientar estudantes na direção correta e recentrar o enfoque nos objetivos de aprendizagem, o objetivo comum da comunidade.


A presença Social, pode ser um papel delegado aos alunos, desde que contribua para o desenvolvimento da comunidade educativa.


De acordo com Laurillard, 2002, citado em Mota (2009), "a interação com um tutor ou a produção de reflexões (sínteses, resumos, ensaios, etc.) que permitam monitorizar os progressos realizados são aspectos fundamentais no controlo da qualidade da aprendizagem resultante da colaboração e da interacção entre os estudantes. Segundo esta autora, vários estudos demonstram que nem sempre estas interacções estudante-estudante resultam bem em termos da aprendizagem, e identificam duas causas maiores para o insucesso: a ausência de feedback por parte do professor e a ausência de reflexão, por parte dos estudantes relativamente ao ciclo objectivo – acção – feedback”.


Em suma, é fundamental o professor interagir com os estudantes, dar-lhes feedback e avaliar as aprendizagens, garantindo a motivação e o empenho de ambas as partes. O papel do professor, será o de reconduzir a tecnologia ao lugar que deve ocupar enquanto meio e não enquanto princípio definidor da aprendizagem. Downes, 2005, refere ainda que “In the future it will be more widely recognized that the learning comes not from the design of learning content but in how it is used. Most e-learning theorists are already there, and are exploring how learning content-whether professionally authored or created by students--- can be used as the basis for learning activities rather than the conduit for learning content”. Como exemplo o autor refere alguns estudos desenvolvidos por Seymour Papert, James Paul Gee, Aldrich Clark Prensky com jogos educacionais.

Bibliografia
Anderson Terry (2008). Teaching in an Online Learning Context. In Anderson, Terry (Ed), Theory and Practice of Online Learning. Athabasca University: Au Press (2ª Edição). Disponivel em: http://www.aupress.ca/books/120146/ebook/14_Anderson_2008Theory_and_Practice_of_Online_Learning.pdf

Couros, Alec (2010). Theaching & Learning in a Networked World. Keynote na conferência Quest 2010 [Video e Slides]. Open Thinking. Disponível em: http://educationaltechnology.ca/couros/1890

Downes, Stephen (2005). e-Learning 2.0.eLearn Magazine. Disponível em: http://elearnmag.acm.org/featured.cfm?aid=1104968#body-1

Paloff, Rena & Pratt, Keith (2010). The Excellent Online Instructor [Podcast]. Online Teaching and Learning. Disponível em: http://www.onlineteachingandlearning.com/podcast-palloff-pratt/

Simens, George (2010). Teaching in Social and Technological Networks. Connectivism. Disponível em: http://www.connectivism.ca/?p=220

Morgado, Lina (2001). O papel do professor em contextos de ensino online: Problemas e Virtualidades. Discursos. III Série, n.º especial, pp.125-138. Universidade Aberta. Disponível em: http://www.univ-ab.pt/~lmorgado/Documentos/tutoria.pdf

Mota, José (2009). Da Web 2.0 ao e-Learning 2.0: Aprender na Rede. Dissertação de Mestrado, versão online. Universidade Aberta. Disponível em: http://orfeu.org/weblearning20/3_2_2_comunidade_aprendizagem

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Twitter “primeiro estranha-se, depois entranha-se”…


Após a primeira semana de familiarização com o twitter, começa a ser evidente o porquê de esta ferramenta de comunicação social ser apenas para alguns em comparação com o facebook que é para todos. Tem sido uma verdadeira aventura a minha pesquisa acerca das potencialidades do twitter… alterei e melhorei o meu perfil, construi uma rede de aprendizagem (tarefa nada fácil para uma principiante!). Através dos widgets estabeleci ligação com o meu blog.





















Comecei a explorar algumas ferramentas como o Hootsuite e o Tweetdeck. Optei numa primeira fase por fazer um sign up no Hootsuite, já que o aplicativo Tweetdeck exigia o download e consequentemente uma subcarga do sistema. Comparativamente ao Twitter, o Hootsuite é de fato mais atraente, permitindo uma visualização mais rápida e sobretudo organizada das mensagens (divididas em Direct Message, Mentions e Home feed). Fiz alguns testes de publicação de ficheiros quer do Hootsuite e Tweetdeck.

Considerando, que ainda tenho muito a explorar e testar, esta ferramenta de comunicação social tem-se revelado uma verdadeira surpresa! ;-)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pedagogia do e-Learning - reflexão crítica

O termo aprendizagem torna-se nos dias de hoje difícil de definir, já que do ponto de vista psicológico e filosófico o seu conceito tem sofrido mudanças significativas. Driscoll (2000), citado por Siemens (2004), define aprendizagem como “uma mudança persistente na performance humana ou potencial desempenho…deve surgir como resultado da experiência do aluno e a interação com o mundo”.
Em finais do século XIX a panorâmica das fontes de informação concentra-se nas teorias da aprendizagem - o behaviorismo, o cognitivismo e o construtivismo em uma época em que aprendizagem não sofria o impacto da tecnologia. Anderson e Dron (2011) apontam três gerações de pedagogias referentes a EaD. O behaviorismo- cognitivismo impulsionaram o desenvolvimento do design instrucional, o foco está na aprendizagem individual. O construtivismo, baseado em Piaget e Vygotsky, procura uma pedagogia baseada em oportunidades para interações entre alunos e professores. O conetivismo, visa responder às novas realidades introduzidas pelo avanço tecnológico e as transformações económicas, sociais e culturais, onde os papéis mudam e o aluno deverá ser capaz de encontrar e aplicar o conhecimento onde e quando necessário.
A Educação a Distância para Malvestiti (2005), citado por Bottentui (2009), constituiu, desde sempre uma modalidade educativa não convencional, sendo possível distinguir diferentes fases/gerações na sua evolução: primeira geração caraterizada por um ensino baseado em correspondência; segunda geração assinala o aparecimento dos recursos audiovisuais (TV educativa, vídeos e cassetes); a internet, terceira geração, abre novos espaços para a aprendizagem, possibilitando a comunicação síncrona e assíncrona entre professor – alunos – pares e a quarta geração é assinalada pela transferência quase na totalidade do material scripo (textos e livros) por materiais acedidos através de ambientes e plataformas de ensino.
Encontramo-nos numa transição de uma Sociedade Industrial que privilegia a cultura de ensino, para uma Sociedade em Rede que dá particular importância à cultura da aprendizagem: preparar os jovens para uma diversidade de competências (trabalho de equipa, espírito critico, capacidade de iniciativa na resolução de problemas, entre outras) exigidas pela sociedade da informação e do conhecimento. As teorias construtivistas ainda se afiguram na Educação a Distância como a teoria de aprendizagem que melhor se adequa a objetivos gerais da educação. A “hipermédia” veio possibilitar planear a aprendizagem num formato não linear, sendo possível diversificar as estratégias de aprendizagem e sobretudo adaptá-las às diferentes necessidades educativas envolvendo-as em contextos cognitivos e sócio culturais. Neste sentido, aquando a implementação de um sistema de Ensino a Distância será necessário selecionar as teorias pedagógicas mais adequadas ao ambiente de formação, já que todas assumem um papel importante. Recomenda-se o recurso às teorias construtivistas, também conhecidas pela segunda revolução cognitiva, onde partilham os mesmo princípios básicos, e apresentam uma filosofia de aprendizagem baseada na premissa de que cada um constrói o seu próprio conhecimento do mundo em que vive, refletindo nas suas experiências pessoais, regula-se ainda numa participação ativa na resolução de problemas e desenvolvimento do pensamento crítico, o aluno constrói, cria e desenvolve as próprias ideias ao invés de assimilar o conhecimento ou ideias transmitidas pelo professor. A aprendizagem é ainda influenciada pelo contexto, valores e atitudes do indivíduo. De acordo com Kerr (2007), citado por Mota (2009), “alguns aspetos reclamados pelo Conetivismo como específicos foram já cobertos no passado: com a teorização do social construtivismo, Vygotsky abordou a relação entre ambientes de conhecimento internos e externos; o construcionismo de Papert e os seus “objectos para pensar com” (objects to think with) ou a cognição activa e incorporada (embodied active cognition) de Clark também explicam muitos desses aspectos; as comunidades de práticas são outro dos modelos a ter em conta, pois perspectivam a aprendizagem como inerentemente social e situada, como também as correntes geralmente designadas como construtivistas”.

Princípios básicos do construtivismo:
- O conhecimento é construído ativamente, não é transmitido;
- A aprendizagem como um processo ativo e refletivo, não passivo;
- A interpretação da nova experiência é influenciada pelo conhecimento prévio;
- As interações sociais introduzem perspetivas múltiplas de aprendizagem;
- A aprendizagem centra-se em contextos e não em fatos isolados.

Distingue-se ainda, que na construção do próprio conhecimento, o mesmo é relativo (nada é absoluto, varia de pessoa para pessoa) e falível (nada pode ser assumido como garantido). Outro conceito importante a ter em conta é o scaffolding (suporte) – guiar o aluno do que é presentemente conhecido para aquilo a conhecer. Segundo Vygotsky, as dificuldades sentidas na resolução de problemas são devido a três categorias de carências: i) aptidões que o aluno não é capaz de desempenhar; ii) aptidões que o aluno poderá ser capaz de desempenhar; iii) aptidões que o aluno é capaz de desempenhar com ajuda. Esta última, designada pelo autor como Zona de Desenvolvimento Próximal, ou seja área de exploração cognitiva para a qual o aluno está preparado cognitivamente. Neste sentido, o “suporte” irá possibilitar serem desempenhadas tarefas que poderiam estar aquém das suas capacidades sem a ajuda guiada.



Sabe-se no entanto, que existem ambientes que se baseiam em ideias behavioristas e cognitivistas e que a seleção do tipo de teoria a um determinado ambiente de Ensino a Distância assume uma importância fundamental, tendo implicações na definição do modelo pedagógico a implementar.






Bibliografia:




Anderson, Terry & Dron, Jon (2011). Three generations of distance education pedagogy. IRRODL. Disponível em: http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/890.




Anderson, Terry (2010). Three Generations of Distance Education Pedagogy. IRRODL. [Elluminate Recording, Powerpoint Presentation & MP3 Recording]. Disponível em:http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/viewArticle/865/1551.




Bottentui Junior, J. B. & Coutinho, Clara Pereira (2008). Do e-Learning tradicional ao e-learning 2.0. RepositóriUM – Universidade do Minho. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/8533




Connole, Grainne (2011). Review of Pedagogical Models And Their Use In Elearning.Disponível em: http://www.slideshare.net/grainne/pedagogical-models-and-their-use-in-elearning-20100304.




Mota, J. (2009). Da Web 2.0 ao e-learning 2.0: Aprender na Rede. Disponível em: http://orfeu.org/weblearning20/




Siemens, George (12-12-2004). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. elearnspace. Disponível em: http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism.htm

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Aventura no Twitter

O Twitter, apesar de ser uma das redes sociais mais utilizadas a nível mundial, até ao momento não me tinha chamado a atenção quer a nível pessoal ou profissional. Foi no âmbito da unidade curricular Ambientes Virtuais de Aprendizagem que se inicia a minha aventura pelo Twitter. E que aventura!!!

Criei a conta e o primeiro impacto foi bastante positivo: rapidamente comecei a seguir o grupo de trabalho, enviar mensagens com a limitação de 140 carateres, utilizar a etiqueta ou hashtag de acordo com área temática que nos agrada, utilização de etiqueta relativa ao grupo de trabalho e enviar direct message (DM).



O pior ainda estava para vir… e assim foi… nomes como Thinkup, HootSuite e TweetDeck e uma quantidade enorme de mensagens (ainda bem que são curtas) para ler, fizeram com que me perdesse um bocadinho e tivesse de recorrer a ajuda do professor, de colegas e do imprescindível manual disponibilizado. Dificuldades a serem ultrapassadas devagarinho mas a bom ritmo!!!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Materiais e Recursos para e-Learning - Atividade II

No âmbito da unidade curricular Materiais e Recursos para o e-Learning, e concretizando a proposta relativa à atividade II, disponibilizo link da planificação da atividade desenvolvida com base em dois recursos educacionais abertos.


http://mrel-mpel05.wikispaces.com/

domingo, 15 de maio de 2011

Cibercultura Pierre Lévy


Entrevista Pierre Lévy - Os fundamentos da Cibercultura



Cibercultura é uma expressão criada por Pierre Lévy (pág. 17), caracteriza-a por um conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), práticas, atitudes, modos de pensar e valores que se desenvolvem conjuntamente com o crescimento do ciberespaço. O Ciberespaço também designado por rede, é caraterizado por Lévy (pág. 17), como novo meio de comunicação que resulta da interligação mundial de computadores.

A essência da cibercultura é para Lévy paradoxal, em que a Internet é uma universalidade desprovida de um significado central “universal sem totalidade”. Remete-nos para a ideia de “segundo dilúvio” ideia concebida por Roy Ascot que nos dirige para a atual explosão de informações e o dilúvio bíblico. Tal como Noé, e perante a Internet sentimo-nos à deriva num mar informacional, sem saber muitas vezes quais as informações fundamentais a conservar na “nossa arca”. Não há, afirma Lévy, fundo sólido nem ponto fixo nesse mar de informações. Segundo Pierre Lévy com o crescimento do ciberespaço resultam três princípios orientadores: i) interligação; ii) comunidades virtuais de aprendizagem; e iii) inteligência coletiva.

Por interligação, Levy (pág. 132) considera que a ligação é sempre preferível ao isolamento, sendo a mesma considerada um bem em si próprio. Passando-se da noção de canal e rede para uma sensação de espaço globalizante, onde os veículos informativos já não estariam no espaço, tornando-se todo o espaço num verdadeiro canal interativo.

As comunidades virtuais de aprendizagem apoiam-se na interligação, construída a partir de afinidades de interesses, de partilha, cooperação ou troca, ou seja, terá de existir uma identidade comum independentemente do local e do espaço.

A inteligência coletiva, o interesse de um grupo humano, por criar uma comunidade virtual para se aproximar do ideal coletivo, capaz de aprender, de criar. A mesma seria a finalidade última do fenómeno da cibercultura.

Como conclusão, deixo como exemplos de cibercultura: as redes sociais, usadas nos dias de hoje a um ritmo vertiginoso, tais como o HI5, o Facebook, o Messenger, o Skipe, o Twitter, entre outros, permitindo partilhar informações, dados das mais diversas formas; as comunidades de aprendizagem, designando-se também por EaD (ensino a distância), são cada vez mais a nível mundial, como Universidades e centros de aprendizagem.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Módulo de Ambientação está terminado, e um novo desafio lançado: inicio das unidades curriculares do 1º semestre do MPel.


A partilha virtual foi evidente e algumas dificuldades ultrapassadas mais facilmente. Este módulo permitiu a familiarização com ferramentas a utilizar ao longo do curso e a adaptação à comunicação e interacção online.

O Contrato de Aprendizagem disponibilizado no início de cada actividade revelou-se a “bússola” do estudante, permitindo-lhe uma organização, gestão e definição de prioridades desde o inicio. Revela-se num instrumento pedagógico fundamental para o sucesso deste Mestrado!